As soluções incluem desde a busca de eficiência em redes de iluminação a aumento da produtividade rural por meio da gestão de pragas e previsão do microclima. Na área da saúde, os projetos selecionados vão permitir o monitoramento remoto de pacientes com hipertensão, obesidade e distúrbios do sono.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social divulgou o resultado da chamada para a seleção de projetos piloto de Internet das Coisas (IoT), lançada em junho do ano passado. O foco foi o apoio a soluções executadas por instituições tecnológicas públicas ou privadas sem fins lucrativos dentro de cada um dos seguintes ambientes: Cidades Inteligentes, Rural e Saúde. Foram escolhidos 15 planos de projetos piloto de 11 instituições, depois de o banco de fomento – devido à elevada quantidade e ao bom nível dos projetos apresentados – ter dobrado o orçamento inicial para R$ 30 milhões.
Os planos selecionados contemplam todas as regiões do País e propõem soluções baseadas em IoT ligadas a temas como eficiência de redes de iluminação e uso de imagens e dados em tempo real na segurança pública; otimização de semáforos; aumento da produtividade rural por meio da gestão de pragas e previsão do microclima; otimização da gestão de maquinário no campo; monitoramento da saúde e bem-estar animal por meio de sensores; automação da gestão hospitalar e monitoramento remoto de pacientes com hipertensão, obesidade, câncer e distúrbios do sono, além do diagnóstico à distância de retinopatia diabética.
O gerente do Departamento de Telecom, TI e Economia Criativa do BNDES, Eduardo Kaplan, informou que o ambiente de Cidades Inteligentes recebeu 23 propostas para os projetos piloto, muitas relacionadas à iluminação pública. “Outros (projetos) identificaram oportunidades no tema de mobilidade urbana, tanto para a melhoria da eficiência dos semáforos, quanto para o georreferenciamento de veículos de transporte público coletivo, e outros foram relacionados ao tema de segurança pública, como o uso de câmeras eletrônicas para o monitoramento de veículos e para a identificação de situações atípicas envolvendo pedestres”, disse.
Na Saúde, a seleção observou objetivos diversos nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. “Há projetos para monitoramento de pacientes hipertensos, com obesidade infantil e câncer, e também para monitoramento de ativos, como cilindros de oxigênio”, afirmou a gerente do Departamento do Complexo Industrial e de Serviços de Saúde, Carla Reis. A especialista comentou que a expectativa é que venha a ser gerado um grande número de dados e, demonstrada a efetividade dessas tecnologias, elas sejam introduzidas, inclusive, no sistema público de saúde.
No ambiente Rural, os projetos abarcaram as principais cadeias do agronegócio brasileiro: grãos, cana de açúcar, proteína animal e hortifrutigranjeiros. “Esses projetos vão atuar no tripé de IoT, que consiste em sensores, transmissão de dados via wireless e sistemas de processamento de dados que analisam as informações e retroalimentam o processo decisório”, explicou o engenheiro do Departamento do Complexo Agroalimentar e de Biocombustíveis do BNDES, Rafael Vizeu.
Estudo do McKinsey Global Institute indica que os impactos do desenvolvimento de aplicações de IoT no Brasil, considerando-se esses três ambientes, podem chegar a US$ 87 bilhões – US$ 27 bi para Cidades; US$ 39 bi para Saúde; e US$ 21 bi para Rural.
Conheça os projetos selecionados pelo BNDES:
Saúde
Rural
Cidades
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